Ansiedade: quando tudo parece demais e nada é o suficiente

Vivemos num mundo acelerado. As demandas aumentam, o tempo parece escorrer pelos dedos e, mesmo quando tudo está “bem”, sentimos uma inquietação que não sabemos explicar. Essa sensação de sufoco, de urgência sem motivo, de medo sem causa aparente… é a ansiedade batendo à porta.
Se você sente que está sempre correndo atrás de si mesmo, como se a vida estivesse um passo à frente e você nunca conseguisse alcançar, saiba: você não está sozinho.
A ansiedade além da mente
Na visão integrativa, a ansiedade vai muito além de um “problema mental”. Ela é um sinal de que nos desconectamos do nosso centro, da nossa presença, da nossa própria consciência. É como se, em vez de vivermos o momento, estivéssemos tentando controlá-lo, antecipá-lo ou fugir dele.
Essa fuga do agora nos afasta também de uma região energética essencial: o plexo solar, que, segundo tradições terapêuticas, está ligado à autoestima, segurança e força interior. Quando esse centro se fragiliza, começamos a perder o chão. Sentimos que nos falta tempo, direção, clareza. E surge aquela sensação de que algo ruim está para acontecer, mesmo quando está tudo aparentemente em ordem.
O que a ciência tem a dizer
A neurociência confirma o que muitas sabedorias ancestrais já apontavam: o estado de ansiedade crônica envolve uma hiperativação da amígdala cerebral, responsável por detectar ameaças. Isso mantém o corpo num estado constante de alerta, liberando hormônios como o cortisol e a adrenalina. O resultado? Cansaço, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, medo constante.
É como se o corpo estivesse sempre se preparando para um perigo que nunca chega.
“Isso só está acontecendo na minha mente”
Um dos convites mais potentes e simples, porém profundo, que podemos fazer é: tomar consciência de que, muitas vezes, a aflição está só na mente. E que, no aqui e agora, talvez nada esteja realmente ameaçando você.
Fazer uma pausa e olhar em volta pode ser o primeiro passo:
“Tenho o que comer, tenho onde estar, tenho ar para respirar. Então por que essa sensação de que algo terrível está prestes a acontecer?”
Essa auto escuta pode ser o começo de um retorno. Retorno ao corpo, à respiração, ao que é real. A presença, afinal, é o antídoto da ansiedade.
Mude o pensamento, mude a energia
O neurocientista Joe Dispenza, em seu livro Quebrando o hábito de ser você mesmo, reforça a importância de interromper os padrões mentais automáticos que nos mantêm em estados repetitivos de sofrimento. Mudar os pensamentos, escolher outra forma de viver o momento.
Não é sobre negação, mas sobre transformação. Sobre reconhecer que você pode sair do ciclo da aflição e escolher viver com mais presença, mais conexão, mais amor.
Você não está sozinho
A ansiedade pode parecer um monstro solitário, mas ela é, na verdade, um sinal — um pedido do corpo e da alma por cuidado. Por presença. Por reconexão.
Se você chegou até aqui, respire fundo. Coloque uma mão no peito. Sinta seu coração batendo. Você está vivo, aqui e agora. E isso já é o suficiente para começar.
*Consulte um médico de sua confiança para tratar sua ansiedade. Você pode conhecer mais sobre a medicina integrativa BioFAO no site: www.institudobiofao.org.br.